Histórico

O MDDF teve sua origem nos anos 70, baseada na luta por habitação. Este movimento foi criado quando os moradores da Vila Palmares, em Santo André, se organizaram com a ajuda do padre Rubens Chasserreaux para resistir aos despejos que estavam então acontecendo. A mobilização, iniciada na Vila Palmares, espalhou-se pela cidade e em 1977 criou-se o MDF (Movimento de Defesa dos Favelados), que se expandiu rapidamente por outros estados.

Em 1978, o 1o Congresso Nacional do Movimento de Defesa dos Favelados foi realizado em Santo André. Reconhecendo a necessidade de criar uma entidade legal representativa dos moradores de favelas, em janeiro de 1989 o Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Favelas (MDDF) em Santo André foi registrado juridicamente.

O objetivo maior do MDDF era reivindicar água, esgoto, saneamento e infraestrutura, através de uma ação coletiva para a conquista de políticas públicas que contemplassem a regularização da posse da terra e a urbanização. Nessa época (final da década de 80), o MDDF, com apoio do Centro de Estudos Políticos e Sociais e da Pastoral da Moradia, elaborou proposta do Projeto de Urbanização das Favelas de Santo André e trabalhou junto ao poder público local no primeiro diagnóstico sobre a situação das favelas da cidade. Junto com outros movimentos de moradia, conquistou aprovação da lei de AEIS (Áreas Específicas de Interesse Social) em Santo André em 1991.

Essas e muitas conquistas foram alcançadas – contudo o MDDF entendeu que as necessidades de moradores de núcleos habitacionais não eram somente por habitação e saneamento: fez-se necessário um trabalho permanente e contínuo, de caráter educativo direcionado às famílias, incluindo um atendimento à criança e ao adolescente. Com este enfoque, foi assinado convênio com a Prefeitura de Santo André para a implementação do Projeto Criança Cidadã, oferecendo atividades sócio-educativas para crianças e adolescentes moradores de favelas, em 1999. Este projeto foi ampliado ao longo dos anos e chegou a abranger 2620 crianças e adolescentes em 2009.

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